quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Esperança.



Esperança... Essa grande amiga que tanto me afaga, que tanto me conforta, me recebe como graciosas mãos divinas, e nela embarco em um sono profundo, com sensação de eterno.

A luz dela é tão forte que impede que até a escuridão total se dissipe sobre ela.

Esta corre os mais diversos cantos que ainda a resta, impede que o mau entre como fiapos, afiado, penetrando em sua alva e tão delicada membrana. Tão inocente, delicada membrana. Tão pura, autosuficiente, tão cheia de vida, ao mesmo tempo, tão sozinha.

Porém sempre forte, tão intensa como é radiante. Uma super nova, que me persegue em todos os momentos em todos os instantes. 

Ela agora me recobre como um manto de uma mãe divinizada, que irá começar o ninar de um filho para a eternidade, com o mesmo carinho, sutileza, dos cuidados do amor materno.

Ai minha dor divina, minha constante luz, me penetra e entre com todo o seu calor por debaixo de meu substrato, me preenxa por inteira e me leve consigo, pois estou aqui, nua e crua.

Minha eterna e grata servidão.

Um comentário:

  1. Gostei de "Esperança". Depois de ler os outros, foi como sair ao sol depois de uma longa noite, como trocar o peso concreto do mundo por uma leve e alva membrana.

    Parabens pelos textos.

    Marcos (aurelius@usp.br)

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