terça-feira, 29 de maio de 2012

Poça.



Transparente... Usado...
Passado,
Presente.


Tudo se torna claro como água.


O presente é tão antigo, o futuro é tão presente. Nada espero do que já sei o que esperar, e nada se faz antigo, visto que é infinito.


Verdade. Será falsa? O limiar da dúvida, da responsabilidade que há de se carregar perante o destino. Qual caminho escolher? Qual conclusão tirar?


Fraqueza...


Ou esperança?


A sabedoria, tão formada, se perde disforme, no vazio rotineiro. Aquilo que por tão presente, não mais se sobrasai, como um ruído branco, ofusca nossa visão, com tanta luz, que ao invés de elucidar, nos cega. A luz se torna tão forte que transforma em escuridão e dá à maturidade um tom de extrema angústia.


Perdida e ao mesmo tempo certa. Convicta e confiante e ao mesmo tempo descrente.


Me sinto velha.


Me sinto alma.


Faço acontecer, aquilo que de contrário, não seria viver.


Faço porque gosto. Faço porque quero. 


Vivo no que tem de mais excêntrico, a essência de meu ser, de meu saber, de meus sentimentos, de minha evolução.


Vivo para ser feliz.


Autora de minha história, somente.


Um reconfortante e simples desabrochar, que como uma flor, solitária, mesmo sem alimento, irá fertilizar até morrer, com a luz que lhe alimenta,


esse néctar inssesante, autossuficiente. Um Cactus, repleto de água, mesmo na hostilidade do deserto.


O monólogo de minha história.

  • http://www.4shared.com/mp3/NYpDSGr1/Fatal_Frame_3_-_Bm.html