domingo, 3 de julho de 2011

Respiro.




Respiro. E a cada momento, que respiro, esta própria, me preenche, mas ao mesmo tempo, me mata. É doloroso sentir o ar entrando como canivetes, como facas que a cada segundo fazem você sangrar, te deixando com uma sensação de dúvida quanto ao que será no futuro, se vai resistir muito tempo. O ar desce arranhando, assim como o tempo, prendendo minha boca, minhas ações e flagelando meus sentimentos. O futuro se torna cada vez mais distante e a o presente cada vez mais perto. A sensação de estar viva, se torna constante, real e dolorosa.

A vida se mostra tão ameaçadora, o casulo tem se mostrado tão aconchegante, porém tão opressivo e sufocante como estar preso em uma caverna, só que não por acidente, e sim por circunstâncias. A solidão não me é algo estranho, mas não posso esconder o gosto amargo que esta causa. Acho que dentre todos os gostos, tanto apimentados, salgados, doces demais, azedos, o amargo é o único que nunca é tragável ao ser humano, não se agrada. O amargo, somente se acostuma e com o tempo, passamos a nem sentí-lo. Mas estará ali, sempre sendo o que é, fazendo seu estrago. Assim como a felicidade, para tal ser sentida, precisa ter o gosto da prova do que é a dor, a tristeza, para assim considerarmos, compararmos e desfrutarmos de tamanho prazer. Assim como o tamanho das coisas só se dá através da comparação, desde seres, até mundos, planetas, estrelas, átomos, células, o gosto do amargo se faz acostumar, com a ausência do contraste.

Impotência, tristeza e intensidade de sentimentos lhe prendem com tamanha rigidez e densidade, lhe esmagam, lhe afogam.

Assim como a água corre o fluxo, a vida segue naturalmente, como deve ser, nos altos e baixos, caminhos com os quais sempre terá de passar, para alcançar o comum. O comum tão procurado por todos, a felicidade tão querida, mas para só esmeros desfrutá-la. Eu sou uma delas, e apesar de tudo que posso vir a passar, a ter que derrubar, com as próprias mãos, sujá-las com meu próprio sangue, nunca vai ser o bastante para ser. Existir. Isso, é o mínimo, o natural, o inviolável. Meu ser, meu presente. Meus objetivos, lutas, e alcançadas vitórias.

Assim corre a vida, no compasso incessante, de energias se tocando, misturando, complexos se interagindo, se fundindo, matérias com gosto, cheiro, forma, textura, cor, se entrelaçando, num rio, que com a gravidade, caminha sozinho, para sempre desembocar, mas nunca ficar parado. Como o amazonas, não um rio perene.


OBS.: Vou deixar sempre embaixo de minhas publicações um link com uma música minha de composições momentâneas que eu realizar no teclado ou piano relacionadas aos meus sentimentos. Sempre em cada post vai ter um link pro 4shared para a gravação se quiserem baixar e apreciar meu trabalho e composição. Obrigada!



http://www.4shared.com/audio/Hi3b93t1/Fim_dos_Tempos_-_Vivian_Fres_-.html



Vivian Fróes


2 comentários:

  1. Oi vivi parabens pelo seu blog ..mto profundo tudo q vc postou =DD fico feliz d ser a primeira apostar \o/ e q venham mtos outros comentarioss..seu talento merece ser reconhecido xD...tamo junto..bjss

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  2. princesa sou um profundo admirador seu há algum tempo,adorei saber que toca piano,adoraria ocnhece-la melhore ter aoportunidade de conversar contigo,meu msn e:maureliorj@hotmail.com

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